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15 outubro 2015

A Professora e seu Barquinho

Ah, que saudade daquela minha professora!  Tinha momento que achava que era fada, em outro era a minha bruxinha preferida. Não conseguíamos ficar muito tempo zangados com ela.

Quando a conheci ela não tinha mais que vinte anos e foi amor à primeira vista. Eu detestava leitura, mas com ela não tinha essa de não gostar. Porque para não gostar tinha que conhecer… Não se gosta do desconhecido. Então ela ensinava a gente a mergulhar, penetrar nas leituras, depois que estávamos todos envolvidos, já nem sabíamos de que mesmo não gostávamos.

A minha professora era uma eterna sonhadora. Quando se irritava com as agruras da educação, dizia que jamais desistia de seu barquinho de sonhos. Para ela, todos nós devemos ter um barquinho. E nós como condutores temos a obrigação de remá-lo na direção que conduz a ética, ao respeito, a satisfação pessoal… Mesmo com ventos desfavoráveis.

Às vezes algum colega para aborrecê-la indagava: “Se o barco afundar?” A professora sorria e dizia que era impossível afundar um barco de sonhos. Porque os sonhos não morrem e devem ser compartilhados. Igual a educação, ninguém se educa sozinho, mas na troca mútua. Sonhos são renováveis.

Era uma festa ouvi-la falar dos seus sonhos. Parece que ela vivia para a educação. A cada aula era uma novidade. Não sabíamos como ela conseguia ser tão criativa com tantas adversidades do sistema educacional. E como natural, todos pareciam que se espelhavam naquela figura pequenina.  Ao discutirem as profissões que seguiriam cada qual escolhia a medicina, engenharia, direito, administração… Mas todos almejavam na profissão a competência da minha professorinha… Deixando-lhe toda orgulhosa por servir de espelho para muitos jovens. Enquanto eu já havia definido a minha jornada. Queria ser pedagoga para construir um barquinho de sonhos por uma educação melhor, igualzinho ao da minha professora.

Hoje, dia do professor, tantos anos depois em um cruzamento qualquer, encontro com a minha professorinha.  Percebo algumas rugas, mas continuava com o sorriso sereno. Abraça-me efusivamente. Tocamos afagos e digo-lhe:

_ Minha professora, consegui construir o meu barquinho… Cada dia ele continua mais pesado, são tantos sonhos… E a senhora, como está o seu barquinho? Agora com o tempo está mais leve, não?

_ Não! Abandonei o meu barquinho e…

_Não pode ser professora! Seu barquinho dos sonhos não pode ser abandonado! Como fica a educação sem sonhos? A senhora que nos ensinou a sonhar… Não pode! Não pode! Eu posso ajudá-la a recuperar, sonharemos juntas…

_ Minha querida, meu barquinho está à deriva por que…

_ Não é possível! Não pode desistir! Minha professora… Todos podem jogar a toalha, mas o professor não pode. Se o professor desistir, qual será o futuro da nação?

E pegando em meus braços com firmeza, minha professorinha, minha mestra, olha-me emocionada, percebi as lágrimas escorrendo e, falou-me quase sussurrando:

_ Obrigada por ter aprendido a lição! Eu também jamais desistirei dos meus sonhos! O barquinho ficou à deriva porque os transportei para um navio…

Abraçamo-nos e nos emocionamos pelos nossos sonhos.

https://toquepoetico.wordpress.com/2014/09/21/a-professora-e-seu-barquinho-conto/

01 janeiro 2011

Primeiros Socorros para Professores - Bombeiros - Mogi das Cruzes


Local: Auditório VIP - Universidade Braz Cubas
Data: 07/02/2010
Palestra: Primeiros Socorros – Corpo de Bombeiros da cidade de Mogi das Cruzes.
Palestrante: Bombeiro Brancatti
Objetivo: Orientar as graduandas de Pedagogia, acerca dos procedimentos adequados em caso de acidentes entre os escolares.

“Quando o coração cresce, você começa a fazer parte do problema.”
(Brancatti)


Desenvolvimento da Atividade:
 
O número de emergência do Corpo de Bombeiros é 193.
O primeiro item do qual o bombeiro nos fala é do trote. De 900 ligações, 700 são de trote, o que pode ocasionar sérios prejuízos, inclusive de morte a alguém. Ele orienta sobre a importância de conscientizar alunos e população a respeito deste assunto.
O Resgate foi criado em 21/02/1990 – Fizeram curso de especialização nos Estados Unidos e depois foi implantado em São Paulo.


Procedimentos dos Bombeiros e do resgate:
Acidente de trânsito: sempre vai uma viatura de Resgate e uma viatura incêndio. – O procedimento antigo era tirar a vítima das ferragens, o que causava inúmeros casos de morte por hemorragias. Atualmente se tira as ferragens e depois a vítima, por isso uso de duas viaturas.
Os bombeiros são chamados frequentemente para socorrer acidentes pessoais, entre eles, acidentes com o cerol, na garganta de motociclistas o cerol é dos mais perigosos e infelizmente comuns, sendo motivo de mortes em muitos casos.
O Resgate costuma fazer partos de emergência.

Orientações:
Envenenamento – não colocar produtos de limpeza com comida.
Objetos encravados: Não retirar o objeto porque ele estancou vasos capilares, ao retirá-lo pode provocar hemorragia. Objeto encravado no olho, não retirar, tampar os dois olhos, por causa do movimento dos olhos. Quando o olho são virar, o olho ferido também virará, causando dor e piora do ferimento.
Queimaduras de primeiro grau: ficará avermelhado em volta, ir ao médico.
De segundo grau, aparecerão bolhas, não estourar a bolha e não passar nada, ir ao médico.
De terceiro grau, profunda, escura, avermelhada, a pessoa não sente dor, em volta terá queimadura de primeiro e segundo grau.
Queimadura em criança com vela acesa, não tentar tirar a cera, com tecido, não retirar o tecido.
Queimadura na cozinha: tomar cuidado com os cabos das panelas devem ficar com o cabo virado para dentro do fogão.
Acidente doméstico: criança morde o fio desencapado, não tocar na criança, tirá-la de lá com alavanca.
Desmaio classe A: pode ocorrer por má alimentação, jejum, roupas apertadas, uso excessivo de drogas. Os sintomas são: pele pálida, sudorese gelada, vertigem – nessa condição a pessoa pode desmaiar por queda da pressão, pedir para soltar a roupa, abaixar a cabeça, fazer força ao contrário, como uma alavanca, com a pessoa sentada. Aluno desmaiado no chão, após verificar ausência de lesões, e sintomas de pressão baixa, levantar as pernas para aumentar o fluxo sanguíneo no cérebro.



Desmaio classe B: pele vermelha e quente, após atividade física, vendo estrelinhas, possível aumento da pressão, pedir para a pessoa sentar ou deitar, cessando a atividade física, os batimentos diminuem e a pessoa volta.

Desmaio classe C: DNV – Distúrbio Neuro Vegetativo – passar o lápis no pé para verificar se está simulando desmaio, chamar o resgate.




Convulsão, causas: 1. Febre alta em crianças banho de água morna, não mexer na criança, chamar o resgate. 2. Traumatismo craniano, apresenta olho roxo em volta, sai sangue do ouvido e do nariz, ânsia de vômito e sonolência. Não deixar a criança dormir, pois pode entrar em coma, não mexer na criança. Sangue no ouvido com material branco é líquido da medula saindo. 3. Doenças infecciosas e inflamatórias. 4. Intoxicações e epilepsia.
Conduta na epilepsia: é doença neurológica que provoca convulsões crônicas. Fases da Convulsão Epilética: Aura – sensação premonitória. Fase Tônica – extensão da musculatura. Fase Clônica: espasmos sucessivos, salivação abundante, possibilidade de perda do controle do esfíncter. Fase pós convulsiva: perda da memória. Procedimentos durante a crise: proteger a vítima, afastando objetos, proteger a cabeça, lateralizar a cabeça, não realizar manobras intempestivas, afrouxar suas vestes, cuidar com os pertences da vítima. Após a crise, efetuar avaliação e lateralizar. Respeitar a integridade da vítima é fundamental.
Arritmia cardíaca: pedir para a vítima ficar semi sentada, ficar calma, levar para o hospital.
Sangramento nasal: mandar respirar pela boca, apertar o nariz com gase umedecida em água gelada.
Hipertensão: pode ter AVC e sangramento nasal. Chamar o resgate.
Obstrução das vias aéreas: executar a manobra de HELICH, colocar o dedo mínimo no umbigo e o polegar no final do osso externo. Colocar o punho da outra mão fechado e apertar até que a desobstrução aconteça.

Criança engasgada:
Virar a criança de cabeça para baixo, apoiar no joelho, apoiar o pescoço e fazer tapotagem, conforme ilustrações.











Animais peçonhentos: A picada da cobra Jararaca Ilhoa mata em 3 minutos. Surucucu a possibilidade de morte é de 2,9%. A Coral é 0,7% a Cascavel é de 8,2%.
Aranha: Armadeira – não foge, levanta as patinhas e salta na sua direção, seu habitat costumeiro são residências e folhagens. Lycosa (Tarântula), aranha de jardim, se assusta e foge. Aranha marrom, tem hábitos noturnos, picam quando comprimidas contra a roupa. Viúva negra ou flamenguinha, veneno neurotóxico, pode provocar crise convulsiva. Caranguejeira, não é venenosa, lança pelos do abdomem, provoca sensação alérgica.
Escorpião: sua picada provoca muita dor intensa, a marca da picada e mordedura causa edema e bolha. Provoca parada respiratória, pálpebras ficam pesadas, semi fechadas, inconsciência, pouca urina. Tratamento animais peçonhentos: manter repouso absoluto, remover anéis, pulseiras e objetos. Se possível capturar o animal e levá-lo para identificação. Lavar o local com água e sabão.

Considerações Finais:

Embora o equipamento tenha causado pequeno problema de início, a palestra foi muito bem ministrada, o Bombeiro Brancatti é comunicativo, demonstrou conhecimento teórico e prático, experiência como socorrista e soube como envolver a platéia, obtendo participação ativa dos graduandos, atendendo satisfatoriamente os objetivos de informação e orientação em Primeiros socorros.

Autora: Edna Molina (Relatório para horas complementares de estágio)


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