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01 março 2012

O Nome da Rosa


TÍTULO DO FILME: O NOME DA ROSA
(The Name of the Rose)
País/Ano de produção: Fra/Ita/Ale, 1986
Duração/Gênero: 130 min., policial/suspense
Distribuição: Globo Vídeo ou Flashstar Vídeo
Direção de Jean-Jacques Annaud
Elenco: Sean Connery, F. Murray Abraham, Christian Slater.
Filme baseado no romance homônimo do crítico literário italiano Umberto Eco.

William de Baskerville, um monge franciscano, e Adso Von Melk um noviço que o acompanha, é chamado a um Mosteiro Beneditino, para investigar estranhas mortes que estão ocorrendo num mosteiro da Itália, é a época da Idade Média. Os dois  monges conseguem, apesar das dificuldades, desvendarem os mistérios, que envolvem os crimes.
Os mortos aparecem com os dedos e a língua roxa, mergulhados em barris. São sete monges em sete dias e noites e todos no local acreditam que é obra do demônio.
Durante a investigação o Grão-Inquisidor, Bernardo Gui, chega ao local Ele e William são antigos desafetos e Gui quer torturar todos, em busca de confissões, uma vez que acredita que são hereges praticando crimes em nome do diabo e como ele não gosta de William, o coloca no topo da lista de suspeitos.
No mosteiro havia uma biblioteca, cheia de labirintos e passagens secretas, onde poucos monges tinham acesso às publicações tanto sacras como profanas.

 Havia um livro de Aristóteles, que falava sobre o riso e a comédia, um monge que odiava comédia e via a alegria como uma ironia a Deus, colocou uma solução venenosa no livro, e como os leitores tinham o hábito de passar os dedos na língua para virar as páginas, o veneno entrava na corrente sanguínea, matando-os.
Descoberto o segredo, cenas de fogueiras medievais acontecem. O monge que não queria o acesso ao livro do riso provoca um incêndio na biblioteca e o povo se revolta contra os inquisidores, que não aceitaram as soluções para o caso, apontadas por Willian.
O filme mostra os desmandos do que foi o Tribunal da Santa Inquisição. O pensamento dominante, que queria continuar dominante, impedia que o conhecimento fosse acessível a quem quer que seja, salvo aos eleitos.

As cenas têm uma atmosfera sombria, os monges e o povo, aspectos doentio, uma das maiores qualidades do filme está na reprodução da época, que nos faz viajar no tempo. Cenas de prostituição por comida aparecem, na personagem que é assediada por monges inescrupulosos.
Num momento em que a igreja começa a perder parte de seu poder, seus dogmas, a grande mentira começa a ser contestada. A igreja e o cristianismo, da maneira como foi apresentado ao mundo, pelos ranços que foram criados, pelas verdadeiras lavagens cerebrais, influenciando o pensamento das sociedades, manipulando em busca de poder e riqueza, são o grande atraso da humanidade.


“Ninguém deveria ser proibido de consultar estes livros. Os livros contêm uma sabedoria diferente da nossa. Idéias que nos fariam pôr em dúvida a infalibilidade da palavra de Deus. A dúvida é inimiga da fé” (Fala do personagem  William, sobre a biblioteca)

Autora: Edna Molina
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